Redução para meio período nas creches é assunto da Tribuna Livre
Reinaldo Tavares dos Santos ocupou a tribuna livre da Câmara na sessão ordinária de ontem para apresentar aos vereadores as dificuldades que os pais estão enfrentando com a implantação do meio período nas creches da cidade. Ele relatou que muitas mães já tiveram que sair de seus trabalhos para poder ficar com as crianças. “Com isso acontece uma perda financeira grande que prejudica a qualidade de vida de toda família, ainda mais em uma época de crise”, explicou.
Só no CEMEI onde estuda seu filho de 4 anos – são 130 crianças. “O P4 e P5 já estão funcionando em meio período e fomos avisados que o período integral será extinto gradativamente”. Santos faz parte de um grupo que reúne pais de crianças em CEMEIs e que conta com quase mil pessoas. Lembrou que nem todas as famílias podem contar com o apoio de familiares como avós e tios que possam ficar de forma permanente com seus filhos. E pediu aos vereadores apoio para buscar uma solução para o problema.
Os vereadores se colocaram a disposição para ajudar. O vereador Odair Paviani explicou que o problema é mais complexo do que parece, uma vez que a retirada do período integral é uma resposta à lei federal que obriga os municípios a atenderem 100% da demanda de crianças a partir dos 4 anos de idade. “Foi um acordo com o Ministério Público que permitiu essa redução”, informou. Para os vereadores Carlinhos da Ambulância e Galego além da ampliação das estruturas já existentes é preciso pensar na implantação de contraturnos onde as crianças possam receber acompanhamento adequado. “Não pode ser qualquer estrutura”, salientou o vereador Carlinhos.
O vereador Tokinho defendeu o sistema de contratação de vagas em creches particulares para atender a demanda do turno integral. “O projeto foi proposto várias vezes e embora tenha sido implantado em outras cidades, não prosperou junto ao Ministério Público local. E agora as famílias estão sofrendo com asituação”, contou.