Lojas de presentes que não comercializam armas de brinquedo serão reconhecidas
Segundo
Paulo Soares o que motivou a apresentação do projeto foi um relatório
do setor técnico do Fórum de Cambé, assinado pela psicóloga Joana
Segantim em que demonstra a relevância da questão. “O setor, em
atendimento à Vara da Infância e Juventude, trabalha com processos de
adolescentes que cometem atos infracionais, entre os quais
esporadicamente verifica-se o envolvimento em roubo utilizando
simulacros. Estas armas de brinquedo, réplica de originais, são
utilizadas em atos de roubo à estabelecimentos comerciais e pedestres”,
justificou.
Paulo disse ainda que “cabe salientar que no mês de
março deste ano, o setor técnico recebeu em apenas duas
semanas, cinco processos de adolescentes que haviam efetuado roubo
utilizando simulacro. Isto suscitou reflexão sobre a questão e formas de
diminuir tais ocorrências”, acrescentando que “questionando os
adolescentes sobre onde haviam comprado os simulacros, informaram que
são vendidos em diversos bazares dos jardins Ana Rosa e Tupi,
mencionando ainda os modelos disponíveis para a compra”.
Ainda
segundo Paulo “o projeto abre espaço também à participação da
comunidade, de forma pessoal, da sociedade civil organizada, para
atuarem juntamente com o Poder Público na conscientização dos
estabelecimentos comerciais da importância de não comercializarem esses
tipos de brinquedos, com o objetivo de não estimular a cultura bélica
entre crianças e jovens”.