CÂMARA REJEITA PROJETO QUE EXIGIA PRESTAÇÃO DE CONTAS DE ENTIDADES QUE RECEBEM DINHEIRO PÚBLICO
Pelo projeto, o executivo deveria encaminhar
obrigatoriamente à Câmara Municipal, juntamente com a solicitação de
autorização de repasse das subvenções sociais às entidades, o relatório de suas
atividades no ano anterior, incluindo o balanço geral de suas contas; prestação
de contas no montante recebido da Prefeitura no ano anterior a título de
subvenção social de acordo com as normas estabelecidas por decreto do Poder
Executivo; declaração da Prefeitura de que a entidade cumpriu todos os
compromissos decorrentes da concessão de subvenção social anterior, bem como de
que prestou as informações que lhe foram
solicitadas; relação contendo os nomes e cargos dos funcionários da entidade e cópia
das certidões negativas de FGTS e INSS.
Votaram contrários ao projeto os vereadores Junior Felix, Paulo Tardiolle,
Zezinho da Ração, Ivani da Unidef, Osvaldo do Ana Rosa e Mario Som. Foram
favoráveis Cecílio Araújo e Alzira da Farmácia. O presidente da Câmara Conrado
Scheller não tem direito a voto e o vereador Irineu Defende, por problemas de
saúde, não compareceu à sessão.
O líder do prefeito Junior Felix foi contrário ao projeto justificando que a Prefeitura já cumpre todos os itens seguindo as normas do Tribunal de Contas. Com relação à questão do envio da relação de nomes, ele alega que é ilegal, pois viola a privacidade desses funcionários, já que as entidades são particulares.
O vereador Cecílio Araújo defendeu a aprovação do projeto
alegando que a omissão dessas informações facilitam as indicações de cargos
pelo poder executivo nessas entidades.
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Para o autor do projeto, vereador Irineu Defende, é estranha a atitude dos
vereadores que votaram contra, pois a Câmara perdeu uma grande oportunidade de
exercer um de seus principais papéis que é o de órgão fiscalizador das despesas
públicas. A aprovação do projeto cumpriria todos os preceitos constitucionais
no que diz respeito à transparência e a publicidade dos atos governamentais, já
que as entidades envolvidas recebem dinheiro público para exercer suas
atividades e por isso, devem sim, prestar contas dos gastos efetuados com esses
recursos.