Autismo é assunto na sessão da Câmara Municipal
A sessão ordinária da Câmara Municipal de Cambé, realizada na segunda-feira (01/03), foi marcada pela presença das mães que representam a ADAC – Associação dos Autistas de Cambé e o Grupo Coração Azul. Nesta terça-feira (02/03), celebra-se o Dia Mundial de Conscientização sobre o Autismo, criado em 2007 pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de levar informação à população e reduzir o preconceito contra indivíduos que apresentam o transtorno do espectro autista (TEA).
Mareliza Regina Gomes usou a Tribuna para reivindicar mais apoio e representatividade para a associação e também para os clubes de mães de autistas. “Tem que ser uma coisa do cotidiano da nossa cidade. Incluir os autistas tem que ser do dia a dia da cidade, desde os postos de saúde, as escolas, a comunidade e o comércio, para que eles (autistas) sejam realmente incluídos e se sintam parte da comunidade como um todo”.
O presidente da Câmara, vereador Tokinho e os demais vereadores foram unânimes em reconhecer que muita coisa ainda pode ser feita para melhorar o atendimento – como um todo – aos autistas de Cambé, e consequentemente ajudar às mães, na dura tarifa de enfrentar o transtorno do espectro autista.
“Eu acho, como vereadores e representantes da nossa cidade, que se informar sobre a causa é importante, para poder ajudar ou passar informações, seria muito importante. Para que os autistas possam ser realmente incluídos em programas que vão fazer a diferença para os eles e para as mães de autistas. É difícil ser mãe de autista, é difícil ter toda essa carga sobre nós e não saber para onde correr, porque na nossa cidade nós não temos lugar. O CRAS não é lugar de autista, a Apae não é lugar de autista. Então eu pergunto, onde é o lugar do autista? O lugar do autista é em todo lugar. Hoje em dia nós temos médicos autistas, enfermeiros, policiais e eles podem ser o que eles quiserem, desde que tenham um estímulo necessário. E vocês como representantes do povo e dos autistas também, porque fazem parte, podem estar lutando conosco para que isso aconteça”, lembrou Mareliza.