Hortas Comunitárias de Cambé vão ser modelo para São Gerônimo da Serra
Da esquerda para a direira estão o presidente da Câmara de São Jerônimo da Serra, Edmundo Lopes; o vereador Odair Paviani; o presidente da Câmara de Cambé, vereador Dr. Fernando Lima e a assessora jurídica da Câmara de São Gerônimo da Serra, Pamela Giunt.
O presidente da Câmara de São Jerônimo da Serra, Edmundo Lopes e sua equipe estiveram em Cambé hoje para conhecer o programa de hortas comunitárias. Lopes se reuniu com o presidente da Câmara de Cambé, vereador Dr. Fernando Lima e com o vereador Odair Paviani para tirar dúvidas sobre a elaboração do projeto que pretende apresentar até o final do ano em sua cidade. " Cambé é pioneira nesta ação e é considerada referência pelo sucesso do programa", afirmou Edmundo Lopes.
O grupo foi visitar a Horta Comunitária do Jardim Santa Izabel onde 55 famílias cultivam vários tipos de hortaliças. Ao todo o município tem 26 hortas comunitárias na área urbana onde cerca de 1100 pessoas plantam alimentos para consumo próprio. O excedente é comercializado por eles gerando renda e, muitas vezes, parte vira doação para famílias carentes e entidades.
O diretor da secretaria de agricultura e Meio Ambiente que coordena o programa, Alexandre Morya, acompanhou a visita. Segundo ele, a produção das hortas beneficia mais de 6 mil pessoas. A prefeitura entra com o apoio técnico, orientando o plantio, além de ajudar com o adubo. “Recebemos doação de esterco de produtores rurais e preparamos o adubo com as madeiras de árvores e folhas recolhidos na manutenção de nossas áreas verdes”, explica.
Ocupação, renda e saúde
O perfil das pessoas que tem canteiros nas hortas comunitárias varia de local para local e embora em algumas prevaleçam pessoas mais idosas e que tiveram alguma experiência na área rural, há jovens e muitas pessoas que sempre moraram na área urbana. Laurinda Maria Camargo é presidente da Horta Comunitária Santa Izabel, e cultiva seus dois canteiros há 33 anos. Ela conta que tem até fila de espera de pessoas que querem comprar ou pedem doação de verduras.
“Com a pandemia os pedidos de doação aumentaram bastante e a gente tenta atender a todos. Infelizmente nem sempre dá porque a produção depende do clima e nem sempre sobra”, diz. Ela acrescenta que desde que participa do programa sempre teve alimentos frescos em casa e, quando o tempo ajuda, consegue uma renda extra com a venda.
Dona Dirce mora no Cambé 4 onde também funciona uma horta comunitária. Ela tinha dois canteiros lá, mas pediu para se mudar para a horta do Santa Izabel. “ Aqui tenho mais amigas e, além de trabalhar a terra, passo o tempo com mais alegria”, afirma.